quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

msn

aka jackie says:
cara, eu tava pensando hoje no banho
aka jackie says:
assunto serio
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
fala man
aka jackie says:
nesse mundo enorme e em todos esses anos
aka jackie says:
nao eh posivel que ja exista inteligencia artificial na internet?
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
tipo
aka jackie says:
tipo, alguem que salvou um arquivo do jeito errado
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
CERTEZA
aka jackie says:
com uma extensao que nao devia e puff
aka jackie says:
fez vida.
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
os comuns chamam de google
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
ah cara, não sei..
pdf. + word não são nescessariamente pau e buceta
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
acho que sim, deve ter sido criada em lab's and stuff
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
mas acidentalmente?
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
como ia evoluir e essas coisas?
aka jackie says:
nao sei, eh aquela coisa
aka jackie says:
eles inventam a internet pra partilhar pornografia, dados e mais pornografia
aka jackie says:
mas nao pensam nas outras propriedades do negocio
aka jackie says:
podem ter feito uma bacteria digital sem querer
aka jackie says:
que ta evoluindo
aka jackie says:
igual os crocodilos dos esgotos de new york, inteligentes demais pra sair na superficie
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
hahaahha voce assistiu digimon né?
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
admite
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
começo como um joguinho em DOS, que ganhou vida
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
cara, os virus podem ser considerados como sua IA?
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
tipo, nem tudo se cria com água tempero e tudo que há de bom
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
precisa trabalhar nisso e zás
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
claro cara, que deve existir alguma chance
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
disso vir a acontecer
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
mas omg, deve ser com coisas nunca pensadas como uma foto salva em: AE*(79yGAIEG(*a7497407.JPG ser arrastada par um Arquivo conversor de música
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
seilá né
aka jackie says:
heuaehauehauehauehuaehuaehuahea
aka jackie says:
ou entao algum dejeto desconsiderado, resultante do "error 34904589430934532-4547543"
aka jackie says:
onde ninguem nunca clica no "show details"
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
UAHUHEUAHEEHAEHAUEHEAUHAE
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
AEUAEHAUEHUEHAUEHAUEHAEUHAEAUEHAEUAEHAE
- Máazinho, much love baby - AAAH QUE E S T A I L E says:
MAIS PROVÁVEL!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

People We Know

arre, esse texto se recusou a ser escrito em portugues. Desculpem, isso nao tem nada ver com preferencias culturais, nao mesmo. Eh soh que historias sao coisas incrivelmente caprichosas.

"Love forgives... love forgives it all", he'd say again. Then somewhere in his mind a voice would tell him that these are the lies that keep this world spinning, that he was alright saying such things to himself but, anyway, he'd never fool his own heart, and the voice would say it was sorry for him. He was sorry for himself as well.
Yesterday he heard another of those nasty stories. Someone saw his girlfriend with that guy that uses to send messages to her on the internet, and sadly - people said - they were kissing.
Deadly pain crawled through his soul. He said nothing, but then again, he never does. He went home, took a shower, counted to ten and sat on his bed. "They may have her body", he thought, "they may even keep her fucking underwear, forgodssake, but they'll never ever have her heart".
Sobbing and humming her favorite song, he cried himselft to sleep.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Conto #2 - Alimentando Monstros

Janeiro traz suas surpresas.
Os primeiros momentos do novo ano recuperam a doce sensacao de que tudo, definitivamente, vai melhorar; mesmo apesar do frio, mesmo apesar das contas empilhadas sobre a mesa ou da velhice que devora a vida centimetro a centimetro. A insonia, porem, ignorou qualquer pressagio de melhora. Marcus esperava que pelo menos por essa noite o sono viesse, embalado pelas gotas de chuva que batiam na janela. Esperava que o frio do inverno tornasse suas palpebras mais pesadas; mas nao tornou.
Marcus se levantou da cama sem acender as luzes. Seu quarto fora em tempos passados o sotao incrivelmente empoeirado da Sra. Godsday, que estava agora bastante grata por ter alguem para fazer-lhe compania e uma renda extra mensal. O aluguel nao era caro, era barato o bastante para ser pago com o indecente salario de estagiario de Marcus, e o pequeno sotao era confortavel o bastante para ser chamado de "lar".
Marcus andou ate sua mesa de trabalho, sob a unica janela do pequeno quarto, tropecando ocasionamente em uma ou outra pilha de roupas espalhadas pelo chao. Roupas usadas nao serviam bem de carpete, pensou. Acendeu a lamparina e contemplou seu texto inacabado.
"O inverno de salacier", Marcus leu em voz alta. O titulo soava estranho aos seus ouvidos, certamente era algo que ele jamais escreveria, nao em sa consciencia... Era muito proximo de uma historia de verdade, pensou, talvez no futuro pudesse se tornar algo maior.
Marcus fechou os olhos por um instante e, como em todas as noites desde que comecara a ter insonia, o mundo se fez em sua mente. Ele nunca conseguira explicar (nem tentara) como sabia que aquele era mesmo o mundo, e nao apenas algum devaneio causado pela falta de sono. Ele apenas sabia, e podia de alguma forma sentir o universo pulsando ao seu redor. Cada criatura viva em qualquer parte do globo, em qualquer era, em qualquer plano. Era como se ele estivesse compartilhando uma consciencia maior. Sem se permitir pensar muito sobre o assunto, com medo de desfazer o encanto, Marcus se deixava levar. "Mais fundo", pensou, e instantaneamente ele estava de volta ao ponto em que parara seu relato.
Os guardas ja haviam empurrado o escravo das ameias, e o corpo do escravo atravessava agora folhas e galhos e arvores e caia com um baque surdo no chao, tendo apenas a noite como testemunha. A noite e Marcus, se ele estivesse mesmo ali; e de repente, como em um sonho, ele estava na sala do trono. Marcus podia ver o rei Salacier IV enquanto este comia com suas maos enrugadas um grande pernil de porco. Sua barba, suja de sangue e molho de tomate, se movia raivosamente acompanhando o movimento das mandibulas. De tempos em tempos os dedos do rei buscavam seu calice dourado de vinho, que um de seus servos se ocupava em manter sempre cheio. Havia mais comida sobre as vestes do rei agora do que sobre o prato onde fora servido o jantar. Marcus sentiu nauseas. "Puto monarquista", pensou, e cuspiu no chao, ou pensou ter cuspido no chao, mas nada pareceu ter saido de sua boca.
No sotao, em silencio, a caneta continuava seu incessante relato, contrariando a disposicao do proprietario da mao. Marcus estava com a cabeca inclinada para tras, e veria apenas o teto se seus olhos estivessem abertos.
No escuro, as palavras foram sendo escritas. No escuro, Marcus adormeceu.